Presidente do Progressistas de Santa Catarina, Silvio Dreveck é taxativo em questões atuais relacionadas aos catarinenses. Em entrevista exclusiva concedida ao jornalista Marcos Schettini, o ex-presidente da Assembleia Legislativa fala sobre o momento difícil vivido pelos gestores públicos sob pandemia, que enfrentam desafios diários cada vez mais árduos. Ainda, comentou sobre o papel do eleitor, Governo Moisés e o papel da Alesc. Confira:
Marcos Schettini: Que caos é este no país e em SC?
Silvio Dreveck: O caos foi criado por vários fatores, ausência de relacionamento e diálogo com Legislativo e demais poderes, crise econômica e a pandemia do novo coronavírus.
Schettini: O Sr. acredita em uma guerra civil no Brasil?
Silvio Dreveck: Não acredito em uma guerra civil, o Brasil pode resolver seus desafios como sempre fez.
Schettini: Onde foi que tudo isso iniciou? É o eleitor ou as circunstâncias?
Silvio Dreveck: As circunstâncias, acredito que quando se tornou pública a corrupção, principalmente, através da operação Lava Jato, iniciou-se um grande desejo de mudança por parte do eleitor na esperança de uma transformação profunda, o que ainda não aconteceu. São pequenos avanços, ainda é possível corrigir.
Schettini: Em SC há um descontrole geral. O Sr. é a favor da cassação do mandato do governador e da vice?
Silvio Dreveck: Estamos atravessando um período difícil por conta da pandemia do novo coronavírus, a prioridade é cuidar da saúde e da vida dos catarinenses. Se houve erros e omissões, caberá aos poderes constituídos tomarem as providências cabíveis.
Schettini: Fala-se muito em adiar as eleições ou unificar para 2022. O que o Progressistas defende?
Silvio Dreveck: Diante da pandemia do novo coronavírus, o adiamento das eleições é necessário. Quanto à unificação do calendário eleitoral, sempre defendi. Cabe ao Congresso Nacional debater a matéria e alterar. Para 2026 seria a grande oportunidade, considerando que os prefeitos e vereadores foram eleitos para quatro anos.
Schettini: O processo que Moisés passa é político ou são crimes de prevaricação, responsabilidade e incompetência?
Silvio Dreveck: O processo que o governador Moisés passa é político, considerando a ausência de relacionamento com o parlamento e a sociedade. Se houver crimes de prevaricação responsabilidade e incompetência, o tempo dirá.
Schettini: Qual é o papel da Assembleia Legislativa? Respeitar a decisão das urnas em 2018 ou corrigir os tropeços da Casa d’Agronômica?
Silvio Dreveck: A Assembleia Legislativa tem a incumbência de legislar, fiscalizar, representar a população catarinense e contribuir no aperfeiçoamento das matérias enviadas pelo Executivo com objetivo de melhorar a qualidade de vida dos catarinenses.
Schettini: A pandemia muda o homem e a política ou vai ficar tudo igual?
Silvio Dreveck: Com certeza vai mudar a economia, a política e a humanidade.
Schettini: Como o Sr. observa o futuro?
Silvio Dreveck: Vamos superar esta crise que levará um longo período e certamente dias melhores virão para todos nós.
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